Se você acompanha os meus artigos assiduamente, sabe que muitas condições das quais conversamos por aqui, inclusive diversos tipos de câncer, têm o sobrepeso e, principalmente, a obesidade como fatores de risco.

Em muitos casos, isso significa que, para prevenir-se de doenças e problemas de saúde, é recomendado que a pessoa perca peso.

Isso sobretudo quando o indivíduo tem outros hábitos de saúde nocivos, como o tabagismo e o sedentarismo, por exemplo.

Muito além da estética, que é subjetiva - ou seja, cada um é e se sente belo da forma que melhor desejar - estar dentro do peso ideal para o seu biotipo e idade é essencial para se ter uma vida saudável e longeva.

Porém, é muito importante que nos lembremos: peso não é tudo.

Ou seja, o primeiro mito que precisamos derrubar é de que o peso ideal é sinônimo de saúde. É muito possível, e até mesmo recorrente, que pessoas magras e esbeltas tenham problemas de saúde comumente associados à obesidade, como a diabetes e o colesterol alto, por exemplo.

Isso não significa, de forma alguma, que a obesidade não é um fator de risco para complicações de diversos níveis de gravidade.

Mas, sim, que pessoas magras também precisam de uma alimentação de qualidade, com uma dieta nutricional equilibrada e bons hábitos de saúde. 

Muitas pessoas de aparência magra, dentro do peso ideal, não se alimentam adequadamente e/ou possuem outros fatores que desencadeiam as condições que citei anteriormente. Por isso a necessidade de estar em dia com os exames médicos independente do peso de cada um.

Ao contrário do que outro mito diz, nem toda pessoa gorda apresenta problemas de saúde no presente.

Lembra-se que comecei este artigo falando justamente sobre prevenção? É por isso que os médicos recomendam o emagrecimento para muitos pacientes gordos ou obesos: pensando no longo prazo e no histórico de cada indivíduo.

Isto é, no desenvolvimento saudável de cada pessoa, mesmo que atualmente ela não apresente problemas de saúde.

Quando friso a recomendação médica para o emagrecimento, também falo sobre um terceiro mito: o do emagrecimento a qualquer custo.

Concordamos que as nossas prioridades são o bem-estar físico e a manutenção da saúde, certo? Então qual o sentido de emagrecer de forma arriscada, podendo trazer danos ao organismo?

As famosas “dietas malucas”, os remédios de origem duvidosa e as receitas milagrosas não somente não funcionam, como também podem ser muito perigosas.

Atualmente, tornou-se comum a privação de determinados alimentos para o emagrecimento, principalmente a de carboidratos. Este é, de fato, um recurso que pode ser efetivo e saudável, porém, não deve ser feito de qualquer forma, sem planejamento e entendimento da rotina e saúde do indivíduo.

No caso do carboidrato, por exemplo, se a dieta for feita de forma errada, sem auxílio profissional, pode haver até mesmo a perda de massa muscular, o que, na balança, representa menos peso, mas, para a saúde e até mesmo a aparência, não é efetivo.

Afinal, emagrecimento é algo sério. Não acredite naquele outro mito de que só não emagrece quem não quer.

Para quem leva uma vida desregrada, sedentária e com escolhas alimentares ruins, pode ser difícil adaptar-se a uma nova realidade. Mas a boa notícia é que, com esforço e acompanhamento profissional adequado, isso é possível e, com o tempo, torna-se muito prazeroso - e, claro, o resultado fica perceptível.

Assim como todas as nossas escolhas, emagrecer exige firmeza na decisão e compromisso com as suas metas.

Priorizando a sua saúde e estabelecendo objetivos realistas, sem mitos ou falsos “milagres”, o emagrecimento acontece e traz benefícios ao organismo como um todo.

Se você recebeu esta recomendação de seu médico, seja por qual motivo for, encare-a como um tratamento pelo qual você irá passar para ter mais qualidade de vida. A transformação será recompensadora.

Ah, e não se esqueça: confie a sua saúde apenas a profissionais capacitados. Procure seu médico ou nutricionista para um plano de emagrecimento adequado a você.